Câmara recorre para reverter que Rony Alves volte a receber salário
Neto Almeida
Redação Paiquerê
A Comissão Processante (CP) que investiga os vereadores afastados Mário Takahashi (PV) e Rony Alves (PDT) segue suspensa. Aprovada no dia 17 de abril, a suspensão aconteceu no dia 25 de maio. Ao final do processo, ela pode acarretar na cassação do mandato dos dois parlamentares. A comissão foi suspensa no 31º dia de trabalho, ou seja, tem ainda mais 59 dias até o prazo final.
Cinco testemunhas, entre elas o responsável por denunciar o suposto esquema, o empresário Júnior Zampar, foram escolhidas pelos membros comissão. Além dele, iriam depor na o irmão do empresário, Carlos Zampar, Cleuber Moraes Brito, dono de uma consultoria ambiental e que integrou o Conselho Municipal da Cidade, o servidor da Prefeitura de Londrina e engenheiro civil Ossamu Kaminagakura, e o empresário Luis Guilherme Alho.
O advogado de Takahashi, Anderson Mariano, que fez o pedido à justiça, afirmou que o vereador foi notificado apenas por edital, e não pessoalmente, como determina a legislação. O procurador jurídico da Câmara, Miguel Aranega, diz que o Decreto 201, que regula o tema, prevê a notificação por edital. O procurador afirma que foram várias tentativas de notificar pessoalmente os dois vereadores, mas Takahashi não foi encontrado.
O procurador jurídico da Câmara ainda explicou a questão das datas. Teoricamente, o afastamento dos vereadores, determinado pelo juiz da 2ª Vara da Criminal de Londrina, Délcio Miranda da Rocha, termina no dia 24 de julho. Sem a suspensão, a CP tinha que apresentar suas conclusões até o dia 26 de julho. Com a suspensão, e caso o juiz não determine um novo afastamento para Rony Alves e Mário Takahashi, o vereadores retornam à Câmara, mesmo sendo investigados por uma Comissão Processante.
Miguel Aranega Garcia também confirmou que o legislativo recorreu da decisão da Justiça que determinou a volta do pagamento de salários do vereador afastado Rony Alves.
A CP tem como presidente o vereador José Roque Neto (PR), João Martins (PSL), como relator, e Vilson Bittencourt (PSB), como membro.