Escolas de Londrina terão ensino sobre Lei Maria da Penha
Neto Almeida
Redação Paiquerê
Uma em cada três brasileiras é vítima de violência. Segundo pesquisa, esta vítima já foi espancada, xingada, ameaçada, agarrada, perseguida, esfaqueada, empurrada ou chutada. O assédio é uma das principais formas de violência, isso porque 40% das mulheres acima de 16 anos sofreram algum tipo de assédio. Levantamentos apontam que cerca de 66% dos brasileiros presenciaram uma mulher sendo agredida fisicamente ou verbalmente em 2016. Segundo dados do Ligue 180, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, há um crescimento de 133% no volume de relatos de violência doméstica e familiar.
Esse tipo de violência foi puxado principalmente pelos relatos de estupros, que cresceram 147%, chegando a 2.457 casos, com média de 13 registros por dia. Mulheres negras estão morrendo mais. O Atlas da Violência 2017, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), apontou que enquanto a mortalidade por homicídio de mulheres não negras (brancas, indígenas e amarelas) caiu 7,4% no período analisado, a mortalidade de mulheres negras teve um aumento de 22%, chegando à taxa de 5,2 mortes para cada 100 mil.
Pensando em coibir e conscientizar este tipo de violência, foi aprovado na Câmara de Londrina, em segunda discussão, o projeto do vereador Gerson Araújo (PSDB), que institui o Programa “Lei Maria da Penha Vai à Escola”. De acordo com a proposta, será obrigatório o ensino de noções básicas sobre a Lei Maria da Penha nos estabelecimentos da rede pública municipal e da rede privada, como forma de contribuir para o conhecimento da lei e levar à reflexão sobre o combate à violência contra a mulher.