Ippul tem pressa na aprovação do ConCidade mais democrático
Lino Ramos
Bicho-Pau
O Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (Ippul), por meio do executivo, pediu regime de urgência ao projeto que modifica a estrutura do Conselho Municipal da Cidade. A proposta amplia a composição do “ConCidade” para representantes de diversos setores da sociedade civil, entre elas as organizações não governamentais (ONGs).
O ConCidade deve substituir o atual Conselho Municipal da Cidade (CMC), que tem diversos representantes do setor imobiliário e da construção civil. Hoje, o CMC é o órgão responsável pela emissão de pareceres em projetos, que afetam o desenvolvimento urbano de Londrina.
A proposta está engavetada na Câmara desde 2014 e a resistência a essas mudanças foram evidenciadas durante a Operação ZR3 do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), que desmantelou um esquema de cobrança de propinas para mudanças de zoneamento em Londrina.
O vereador afastado Mário Takahashi (PV), presidente da Câmara até 28 de fevereiro, foi pego no grampo do Ministério Público (MP) supostamente trabalhando para impedir a aprovação do projeto. Segundo o presidente do Ippul, Roberto Alves Lima Júnior, as mudanças no ConCidade são importantes, pois deixam o Conselho mais democrático.
O Projeto que estabelece o Conselho da Cidade já obteve parecer favorável da Comissão de Justiça da Câmara.