Mais de 17 milhões de jovens brasileiros vivem na pobreza, afirma Abrinq
Agência Brasil
Cerca de 17,3 milhões de jovens brasileiros de até 14 anos vivem na pobreza. É isto que indica o estudo realizado pelo ”Cenário da Infância e da Adolescência no Brasil”, que foi divulgado nesta terça-feira (24) pela Fundação Abrinq. O que caracteriza a população como pobres, e extremamente pobres, é o rendimento mensal domiciliar per capita de até meio e até um quarto de salário mínimo, respectivamente.
O número representa cerca de 40% dos brasileiros da faixa etária pesquisada, já se tratando de jovens brasileiros de 14 anos que vivem em situação de extrema pobreza os números chegam a 5,8 milhões, cerca de 13,5% dos brasileiros da faixa etária pesquisada.
REGIÕES MAIS AFETADAS
Nordeste e Norte continuam como as regiões apresentando os piores cenários para os jovens, com 60% e 54% das crianças, respectivamente, vivendo na condição de pobreza, enquanto a média nacional é de 40,2%. ”O Brasil é um país muito grande, muito desigual, então se você olhar os dados regionais, vai ver que as regiões mais pobres concentram os piores indicadores de educação, de acesso à água e saneamento, por exemplo”, explicou Heloisa Oliveira, administradora executiva da Fundação Abrinq.
VIOLÊNCIA
Heloisa Oliveira afirma que há relação direta entre a pobreza e a violência: ”A prova de que isso é uma relação direta é que, entre esses 10,6 mil crianças e adolescentes assassinados [em 2016], a maioria deles, mais de 70%, são jovens pobres, e que vivem em periferia. Portanto, são adolescentes que vivem em situação de vulnerabilidade social, ou seja, poderia ser evitado com investimento em enfrentamento da pobreza, melhorando a qualidade de moradia, educação e saúde.”
Os demais dados do estudo podem ser acessados através do site: https://observatoriocrianca.org.br/.