Médicos criticam inclusão de terapias alternativas no SUS
Redação Paiquerê
As entidades que representam os médicos no País, com o apoio do Conselho Federal de Medicina, estão se posicionando contra a medida do Ministério da Saúde, que incluiu no Sistema Único de Saúde (SUS) práticas alternativas de tratamento. O ministério anunciou a inclusão de dez novas Práticas Integrativas e Complementares para pacientes do SUS.
Os novos tratamentos, que podem a partir de agora receber recursos do SUS, são apiterapia, aromaterapia, bioenergética, constelação familiar, cromoterapia, geoterapia, hipnoterapia, imposição de mãos, ozonioterapia e terapia de florais. Segundo o ministro da Saúde, Ricardo Barros, essas práticas ajudam na prevenção para que as pessoas não fiquem doentes ou evitem quadros mais graves de determinadas doenças.
Desde 2006, já eram oferecidos pelo SUS os tratamentos de acupuntura, homeopatia, fitoterapia, antroposofia e termalismo. De acordo com o diretor de Defesa Profissional da Associação Paulista de Medicina, Marun David Cury, essa medida do governo serve apenas para desviar a atenção da população dos problemas do sistema de saúde pública.
Cury afirmou que as práticas alternativas serão oferecidas por oportunistas.
Marun David afirmou que nem todas doenças podem ser tratadas como sendo de causas psicossomáticas.
Além da inclusão das dez novas práticas alternativas, outras terapias já habiam sido inclupidas no SUS no ano passado: arteterapia, ayurveda, biodança, dança circular, meditação, musicoterapia, naturoterapia, osteopatia, quiropraxia, reflexoterapia, reiki, shantala, terapia comunitária integrativa e ioga. A reportagem também procurou o secretário municipal de saúde de Londrina, Felippe Machado, pois na cidade o sistema público já oferece alguns tratamentos alternativos, mas ele estava em evento oficial.