A mágica

Foto: Reprodução
Dany Fran e Kelly Shimohiro
Irmãs da Palavra
Era uma vez um dia qualquer. Um grupo de amigos se meteu numa van e saiu por aí, numa estrada sem fim. Chegando lá, mas que surpresa! O mundo todo estava ali. Tinha o sol brilhando em cada canto, o mar fazia de conta que aquele era o paraíso. Pés de todo tipo zanzavam pra lá e pra cá, uma multidão desenfreada em busca de alguma coisa mágica. Os amigos sabiam, eles sabiam o que todos procuravam lá. E então decidiram:
– Vamos logo! Antes que a mágica acabe!
E foram. A mágica tava nas ruazinhas de paralelepípedo, embaixo da árvore gigante no meio da praça e em volta da igreja, feito uma oração poderosa. Também tava escondida numa casinha pequena por fora e fantástica por dentro. Havia muitas casinhas assim por lá. A mágica se espalhava por uma tenda grande, que ocupava o centro de tudo. E se você cruzasse a ponte, tinha mágica no quiosque, na banquinha, na Kombi, na barraquinha, no barco e até no sertanejo que subiu nas latas pra entoar sua cantiga.
Os amigos adoraram, queriam mais. Muito mais. Mas ouviram o sino. A hora final tinha chegado. Então, se meteram mais uma vez na van e zarparam de volta. Cada um pra um lugar diferente. Afinal, todo mundo tinha a sua vida pra viver.
Só que a mágica que eles buscaram naquela festa em Paraty (Flip – Festa Literária Internacional de Paraty, 2019), nunca mais ia acabar. Os amigos descobriram o segredo dos livros: “Toda história tem poder (a sua tem mais)”.