Afastamento de Alves e Takahashi completa um ano nesta quinta (24)
Lino Ramos
Bicho-Pau
O afastamento dos vereadores Rony Alves (PTB) e Mário Takahashi (PV) da Câmara de Londrina completa um ano nesta quinta-feira (24). A dupla foi afastada inicialmente em 24 de janeiro de 2018, após ser acusada de integrar um grupo criminoso que cobrava propina para mudar o zoneamento da cidade, atendendo interesses particulares. Os parlamentares foram apontados como líderes do “bando”.
Denunciados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Organizado (Gaeco), foram afastados por decisão da Justiça e tiveram o bloqueio de bens na ordem de R$ 2 milhões para Takahashi e R$ 1,8 milhão para o “Professor Rony”. A Câmara tentou suspender os vencimentos de ambos, mas a Justiça concedeu aos réus o direito de continuar recebendo salários. Nestes 12 meses, a Casa pagou R$ 154.800, 00 para cada um dos vereadores, acusados de corrupção.
No final de dezembro do ano passado, Rony Alves foi preso após supostamente ameaçar o produtor rural Junior Zampar, principal testemunha da operação ZR3. Ele foi solto após passar o Natal e o Ano Novo na cadeia. Na sexta-feira (18) passada, o afastamento de Rony e Takahashi foi prorrogado por mais 45 dias por decisão do juiz da 3ª Vara Criminal de Londrina, Délcio Miranda da Rocha.
Inicialmente o Ministério Público (MP) requereu o afastamento dos vereadores por mais 180 dias, mas segundo o promotor Leandro Antunes, do Gaeco, a decisão do juiz foi provisória, para que as defesas dos réus se manifestem e o MP apresentassem mais documentos ao processo. Antunes se mostrou satisfeito com a decisão, deferida pelo juiz da 3ª Vara Criminal de Londrina, Délcio Miranda da Rocha. Na avaliação do promotor, a manutenção desse afastamento é necessária pela necessidade de restabelecimento da moralidade na Câmara, evitando interferência indevida ou coação de vítimas e testemunhas no processo.
Por ordem judicial eles continuam recebendo salários no valor de R$ 12.900,00. Inicialmente o afastamento dos vereadores terminaria nesta quinta-feira, mas foi prorrogado por mais 45 dias.