Boca Aberta deve “ganhar” tornozeleira logo após o carnaval
Lino Ramos
Bicho-Pau
O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) negou liminar em habeas corpus ao ex-vereador Boca Aberta, que pretendia derrubar a sentença do juiz da 5ª Vara Criminal de Londrina, Paulo Cesar Roldão, obrigando Emerson Petriv a usar tornozeleira eletrônica.
Boca Aberta foi sentenciado depois de ter comparecido ao Centro de Reintegração Social de Londrina (Creslon), onde se encontravam os vereadores Mário Takahashi (PV) e Roy Alves (PTB), que também ganharam tornozeleiras eletrônicas por suposto envolvimento com o esquema de propinas para mudanças de zoneamento, desmantelado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na Operação ZR3.
Boca aproveitou a chegada dos desafetos ao Creslon para criticar a dupla, flagrada em escutas do Gaeco discutindo a suposta cobrança de propina de um produtor rural, interessado em transformar uma área em loteamento.
A defesa dos vereadores afastados pediram a prisão preventiva do ex-vereador em razão do descumprimento de uma decisão do ano passado, proibindo o vereador cassado de se aproximar de Rony e Takahashi.
O advogado Eduardo Caldeira, que representa a defesa de Boca Aberta neste caso, informou que agora pretende recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), enquanto aguarda a decisão de mérito do TJ.
Ele sustenta que agora Boca Aberta é “repórter” e se encontrava no Creslon no exercício profissional, em busca de notícias.
A liminar em habeas corpus apresentada por Boca Aberta foi negada pelo desembargador do Tribunal de Justiça, José Carlos Dalacqua.
Apesar de sentenciado, o vereador cassado ainda não está usando o equipamento eletrônico, porque segundo o advogado, ainda não foi intimado. Como o TJ negou recurso da defesa, Boca Aberta deve “ganhar” o adereço depois do Carnaval.