Caixa prorroga prazo e descarta reintegração do Flores do Campo
Redação Paiquerê
A Caixa Econômica Federal descartou a reintegração de posse do residencial Flores do Campo, na zona norte de Londrina, pelo menos pelos próximos quatro meses. A decisão foi comunicada à presidência da Cohab Londrina na semana passada.
O banco estatal tem decisão judicial em seu favor para a reintegração da área, ocupada irregularmente desde 2016, mas não tem demonstrado muito interesse em retomar a obra.
Em visita ao Flores do Campo, dirigentes e engenheiros da Caixa estimaram que o custo para recomeçar as construções praticamente do zero, ficaria em R$ 100 milhões. Apenas como comparação, a previsão inicial do investimento, se tudo tivesse saído dentro do prazo, seria de R$ 84 milhões.
No final de 2017, seria realizada uma operação de reintegração de posse no local, chefiada pela Polícia Federal, mas o Tribunal Regional Federal da 4ª Região atendeu demanda da Defensoria da União e proibiu a ação. A nova política de moradia da Caixa prevê investimentos em empreendimentos que já tenham execução acima de 70%, o que não é o caso do Flores do Campo.
O presidente da Cohab Londrina, Luiz Candido de Oliveira, não esconde a preocupação com o cenário e tem agenda em Brasília com o Ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto. Luiz Candido confirmou a prorrogação do prazo para a reintegração, informada pela Caixa.
O Flores do Campo atenderia mais de 1,1 mil famílias e o Allegro Vilagio, na zona sul, atenderia mais 120 famílias. Segundo a Cohab, atualmente Londrina tem mais de 4 mil famílias morando de maneira irregular.