Câmara aponta imoralidade em repasse de R$ 20 milhões às empresas do transporte coletivo

Divulgação/CMTU
Redação Paiquerê
A Comissão Especial de Transportes da Câmara de Vereadores de Londrina quer explicações da CMTU sobre o repasse financeiro de R$ 20 milhões às empresas do transporte coletivo. A Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização autorizou o aporte financeiro, acatando os argumentos das empresas quanto à perda de receitas, em razão da queda de passageiros em meio à pandemia do novo coronavírus.
Mas segundo a presidente da Comissão criada pelo legislativo, Mara Boca Aberta, o repasse ocorreu de uma maneira quase oculta, sendo no mínimo um ato imoral da CMTU.
“É de uma maneira quase oculta. Em reuniões anteriores com a CMTU eu questionei se havia aditivo, se as empresas haviam pedido, e isso não foi esclarecido. Para a nossa surpresa, imagina para vocês, ficamos sabendo desse aditivo, que também questionei em uma das reuniões que tive com os diretores da empresa.”
O Gerente de Transportes da CMTU, Wilson de Jesus, justificou o repasse de R$ 20 milhões à Grande Londrina e Londrina.
Jesus ainda rechaçou as acusações de que o aporte financeiro foi um ato imoral.
“Tão logo se iniciou o processo e as consequências negativas da pandemia no sistema de transporte coletivo de Londrina, que foi a queda abrupta de passageiros. Em abril de 2020 tivemos uma redução de 80% no número de passageiros. Diante do fenômeno que se iniciou em 2020, o poder público começou a fazer o dever de casa.”