Gaeco prende envolvidos com bando criminoso que atuava dentro de presídios

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Lino Ramos
Redação Paiquerê
O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate a Crime Organizado) e a Polícia Militar desencadearam a terceira fase da Operação Sicário, que busca combater crime organizado no Paraná. Os bandidos são acusados de crimes como tráfico de drogas e assassinatos e atuavam de dentro dos presídios.
Segundo o Ministério Público Estadual, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão em seis cidades: Londrina, Rolândia, Campina Grande do Sul, Fazenda Rio Grande, Iporã e Curitiba. Durante a operação, houve três prisões preventivas e o cumprimento de três mandados para uso de tornozeleira eletrônica.
De acordo com o promotor Leandro Antunes, do Gaeco em Londrina, o foco desta fase foi o combate ao poder financeiro do grupo criminoso, com a apreensão de R$ 4,5 milhões.
“Nas fases anteriores, descobrimos várias práticas ilícitas, como tráfico de drogas, roubos, extorsões, dentre outros”
Durante a Operação Sicário, houve a apreensão de R$ 14.455 em dinheiro, 11 celulares, um tablet, um notebook, nove cartões bancários, um revólver calibre 38 e anotações relativas aos crimes investigados.
A primeira fase da Operação Sicário foi deflagrada em 31 de julho de 2019, com o cumprimento de 108 mandados de prisão 100 de busca e apreensão. A análise do material coletado, especialmente anotações encontradas em celas, possibilitou a descoberta de valores aportados em nome de laranjas.
Foram reconhecidas 189 pessoas (físicas e jurídicas) que cederam seus nomes para a organização transferir valores de natureza ilícita, com movimentação de aproximadamente R$ 4,5 milhões depositados em espécie nas contas dos investigados.
A partir da identificação dessas pessoas, foi requerido ao Juízo da 3ª Vara Criminal de Londrina o afastamento dos sigilos bancários e fiscal dos investigados, abrangendo o período de janeiro de 2018 a agosto de 2019, com a análise de 960 contas bancárias no Paraná, em São Paulo e em Santa Catarina.