GM é suspeito de alvejar jovem que morreu após abordagem
Redação Paiquerê
A Polícia Civil vai investigar a morte de Matheus Ferreira Evangelista, de 18 anos, que foi atingido por um tiro no pescoço na noite do último domingo (11) no jardim Porto Seguro, zona norte de Londrina. Na ocasião, uma equipe da Guarda Municipal foi acionada para verificar uma situação de pertubação de sossego em uma festa. Mas no meio da abordagem encontrou o jovem baleado.
As investigações trabalham com a possibilidade do tiro ter partido da arma de um dos três agentes que atenderam o caso. O GM Neves, que estava presente na ocorrência, conversou com a reportagem da Paiquerê e explicou o que aconteceu. “A equipe visualizou um número pequeno de pessoas e com isso optamos por realizar uma abordagem. Mas era uma esquina e assim que dobramos essa esquina, demos de cara com mais de 40 jovens, que estavam tomando a via com narguilé e bebidas e ficou difícil para realizar uma manobra” afirmou.
Ainda segundo Neves, diante desse fato, eles optaram por dar continuidade na abordagem e solicitaram apoio de outras equipes. “Nós pedimos para que todos colocassem a mão na cabeça e encostassem próximo ao muro. Um grupo que estava à minha esquerda demorou para atender a voz de abordagem. Nos aproximamos desse grupo, reiteramos a voz de abordagem, eles começaram a dispersar, foi quando vi o jovem ao solo”.
O GM garantiu que Evangelista sabia que estava baleado. “Me aproximei um pouco mais, de forma enérgica, pedi para que levantasse e ele falou: ‘não posso senhor, estou baleado’. Falei, ‘como assim baleado?’, porque não ouvi tiro nenhum. Quando me aproximei, vi que realmente estava ensanguentado, fiz uma análise primária nele. Fiz faculdade de enfermagem e verifiquei que ele tinha um orifício em seu pescoço”.
A equipe não acionou os socorristas do Siate ou Samu, que é recomendado nesse tipo de situação. Eles decidiram encaminhar o jovem baleado dentro da própria viatura da Guarda ao Hospital Zona Norte. A vítima foi encaminhada posteriormente por uma ambulância do Samu ao Hospital Universitário (HU), onde não resistiu ao ferimento e morreu. Neves contou que depois retornou ao local e a maioria dos jovens tinham ido embora. Eles encaminharam um adolescente, que era um dos organizadores da festa, à delegacia para prestar depoimento ao delegado sobre os fatos.
Confira a entrevista completa com o GM Neves: