ILPI particular em Londrina é interdidada após decisão judicial
Redação Paiquerê
A partir de intervenção judicial do Ministério Público do Paraná (MPPR), uma Instituição de Longa Permanência de Idosos (ILPI), em Londrina, teve suas atividades suspensas em razão de diversas irregularidades que colocavam os internos em risco – inclusive com relação à contaminação por coronavírus.
Foi deliberado prazo de cinco dias para que a Secretaria Municipal do Idoso busque as famílias dos internos e proceda com a transferência dos mesmos para as residências ou outras instituições.
A ação civil pública que culminou na medida foi apresentada pelo MPPR a partir da 7ª Promotoria de Justiça, que vinha buscando sanar as ilegalidades de forma administrativa.
Em Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado pelo Ministério Público com os proprietários da ILPI, em novembro de 2019, eles se comprometeram a resolver as irregularidades (notadamente de organização geral para a manutenção dos internos, como a falta de funcionários em número suficiente, casos de negligência no atendimento a idosos, entre outras).
Como não houve o cumprimento do TAC, o MPPR ingressou com a ação judicial, requerendo a suspensão imediata do funcionamento da unidade – o que foi acatado agora pela Justiça.
Andrea Ramondini, secretária do Idoso, em entrevista à Paiquerê 91,7, explicou que a clínica é particular e pertence a um grupo que possui três instituições no município, sendo que duas estão interditadas.
“Essa casa de repouso é particular em Londrina. Ela já vinha apresentando irregularidades desde 2017”
Na última vistoria, feita em outubro deste ano, além de questões de manutenção de alimentos, foram constatados problemas sérios quanto à prevenção da Covid-19, como o acolhimento de idosos de outra ILPI sem a realização do devido isolamento preventivo, para proteger os já abrigados, e a falta de espaço para manter todos os internos de forma adequada, não seguindo as orientações das autoridades sanitárias para controle da pandemia.
Ainda durante essa visita da Vigilância, uma das funcionárias da unidade chegou a baixar a máscara de proteção para conversar enquanto alimentava um idoso.
“Não foi uma casa que teve muitos problemas com a Covid, apesar de a Vigilância Sanitária ter constatado alguns”
Foi imposta multa diária de R$ 1 mil em caso de descumprimento, a ser recolhida em benefício do Fundo Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa.