Justiça aceita denúncia da operação ZR3 e investigados se tornam réus
Lino Ramos
Bicho-Pau
O juiz Délcio Miranda da Rocha, da 2ª Vara Criminal de Londrina, recebeu nesta segunda-feira (19) denúncia apresentada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) contra 13 pessoas acusadas de envolvimento com o bando criminoso, que cobrava propinas para mudanças de zoneamento na cidade. Entre os réus estão os vereadores afastados Rony Alves (PTB) e Mário Takahashi (PV), o ex-secretário do Meio Ambiente, Cleuber Brito, e a ex-presidente do Ippul, Ignês Dequech.
Agora, eles respondem por organização criminosa, corrupção ativa e passiva, entre outros crimes. Os 13 denunciados estão sendo monitorados por tornozeleira eletrônica. O juiz afirmou que as acusações do Ministério Público (MP) estão amparadas por “provas e indícios colhidos por meio de procedimento investigatório criminal”. Como justificativa, o magistrado citou “provas advindas da interceptação telefônica, captação ambiental de som, as declarações prestadas pelo colaborador e testemunhas, as apreensões de valores e objetos e a prova documental juntada”.
A denúncia foi apresentada no dia nove de fevereiro e relatou 15 fatos criminosos. O delegado do Gaeco, Alan Flore, e o promotor Leandro Antunes, sustentaram que os vereadores Mário Takahashi e Rony Alves seriam os líderes da quadrilha que cobrava vantagem indevida para propor e mudar zonamentos na cidade. De acordo com o documento (leia abaixo na íntegra) os 13 réus tem prazo de dez dias para apresentar defesa prévia.
Além dos nominados, se tornaram réus Antônio Carlos Gomes Dias, Brasil Filho Theodoro Mello De Souza, Evandir Duarte de Aquino, Homero Wagner Fronja, José de Lima Castro Neto, Julio Cesar Cardoso, Luiz Guilherme Christino Alho da Silva, Ossamu Kaminagakura e Vander Mendes Ferreira.
Dói na alma
Ao conceder entrevista à Rádio Paiquerê recentemente, o vereador Rony Alves alegou inocência e disse que a tornozeleira eletrônica dói na alma.
Denúncia completa da operação ZR3