O Equilíbrio na Terceira Idade e o Envelhecimento:
Saúde e Bem-estar
Suelen Paschoalotto Alves de Almeida
No nosso “organismo humano”, passamos por vários ciclos de construção e desconstrução, evolução e involução.
Considero todos eles como fases pertinentes não só para a vida como um todo, mas para entendermos que o tempo de cada sensação, movimento, habilidade e dos nossos reflexos existem e tem começo, meio e fim.
Agora, como analisar o “ tempo “ nessa questão do envelhecimento?
Em uma palestra durante a semana, tive a oportunidade de ouvir sobre o tempo por várias lentes.
Uma dela é a questão de que nós reproduzimos o cálculo do tempo para ter previsões à curto, médio e longo prazo; esse cálculo na natureza não existe.
E ao falar de envelhecimento falamos de “tempo”.
Entendo que o envelhecimento começa para mim em um tempo diferente do seu:
- Primeiro: Tudo depende do preparo que você reproduz no seu corpo, na sua mente e na sua vida.
- Segundo: A partir do meu tempo de nascimento, a única certeza na vida de cada pessoa é a morte. Então, como chegar lá bem?
No envelhecimento orgânico, um dos sistemas em que sofre o desgaste natural e progressivo é o sistema nervosos central. Local aonde processamos informações vestibulares que trafegam e conduzem nosso equilíbrio, noções de espaço e os reflexos adaptativos do corpo. É por uma modificação no funcionamento deste local que as tonturas e os desequilíbrios acontecem.
A partir de 65 anos, a tontura é considerada o segundo sintoma de prevalência mundial. Após essa idade é considerado um sintoma comum na vida do idoso. Porém, se os estímulos acontecem na vida do idoso de maneira precoce e adequada o corpo reproduz essas sensações de formas mais brandas e tardias. Pois o que notamos é que os idosos que não receberam estímulos diversos e durante um tempo adequado, assim sofrem dos sintomas de forma mais abrupta, causando quedas e traumas emocionais.
Os impactos das manifestações de desequilíbrio corporal, levam a redução de sua autonomia social, redução atividades de vida diária, alterações proprioceptivas e perceptuais também.
O que eu posso oferecer além das informações a vocês aqui, são orientações que são “ OURO” na vida de todos nós.
Logo abaixo, seguem quatro dicas de estímulos que podem ser feitos em casa e atividades que vocês podem buscar fora de casa.
- Façam caminhadas ao ar livre, elas estimulam receptores que fazem a relação do nosso corpo com diferenças na temperatura e som, terrenos como grama, asfalto e pedregulho no percurso, mudanças de direção e caminhos além do SOL (vitamina D ) e poder entrar em contato com a natureza.
Já existem locais que oferecem grupos de caminhada. Os educadores físicos são os profissionais adequados para esse tipo de atividade. - Dancem: em casa, nas festas de família e saiam para dançar. Casas de dança oferecem trabalhos em grupo e também individuais. Na minha opinião, os grupos são mais divertidos e estimulam maior frequência.
- Espreguice todos os dias. É um mecanismo auto – regulador do corpo.
- Façam atividade todos os dias e incluam pelo menos três vezes na semana um trabalho que ofereça estímulos para força, equilíbrio, flexibilidade e autoconhecimento.
Os fisioterapeutas são profissionais que estudam há muito tempo sobre envelhecimento e equilíbrio.
Existem muitos Métodos e Técnicas que englobam e oferece oportunidades para seu corpo de forma ampla.
Exemplos: trabalhos funcionais, pilates, tonificação consciente, ginástica holística entre outros. Todos que possam oferecer texturas e estímulos diferentes. Alguns desses trabalhos são o carro chefe do trabalho que desenvolvo no Vida e Movimento.
Referência: Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, vol 71 n.3 São Paulo Maio/Junho 2005.
“Um corpo que permite estímulos diferentes, em tempos diferentes e com continuidade; reproduz para quem habita nele BEM-ESTAR e SAÚDE sempre”, Suelen Paschoalotto Alves de Almeida.