Para diretor de sindicato, ideologia de gênero é assunto pertinente à família
Neto Almeida
Redação Paiquerê
Na sessão da Câmara Municipal de Londrina, nesta terça-feira (11), um polêmico projeto deve ser apreciado pelos 19 vereadores em primeira discussão. A matéria trata da ideologia de gênero nas escolas. Em audiência pública, realizada em agosto, mais de 40 pessoas se manifestaram sobre o projeto de emenda à Lei Orgânica nº 3/2017, de autoria dos vereadores Filipe Barros (PSL), Junior Santos Rosa (PSD), Ailton Nantes (PP), João Martins (PSL), José Roque Neto (PR), Vilson Bittencourt (PSB) e Felipe Prochet (PSD).
A matéria proíbe atividades pedagógicas que envolvam o conceito de ideologia de gênero nas escolas da rede municipal de ensino. Os principais argumentos daqueles que defendem o projeto são que a abordagem de identidade de gênero no ambiente escolar pode levar à erotização precoce das crianças e que esta discussão extrapola as atribuições do Estado, invadindo competência que é exclusiva das famílias.
Do outro lado, os críticos da proposta afirmam que a escola também é um espaço de formação, onde a criança deve ser preparada para o combate à discriminação e ao preconceito, além de sustentarem que a matéria viola a Constituição Federal e a competência municipal para legislar sobre o assunto. Alderi Luiz Ferraresi, integrante da diretoria do Sindicato das Escolas Particulares de Londrina, é favorável ao projeto.
Para o diretor do sindicato, os professores não tem capacidade de tratar de um tema tão complexo.