Prefeitura descarta decretar estado de emergência ou calamidade
Redação Paiquerê
A Prefeitura de Londrina ainda contabiliza o total de prejuízos com a chuva forte que atingiu a cidade na tarde de quarta-feira (17). Mesmo com os diversos estragos, o município descarta a intenção de decretar estado de emergência ou calamidade pública, para conseguir verba para reconstrução com mais facilidade. “A principio não tem esta previsão de decretar estado de emergência ou calamidade pública. Durante a noite a Defesa Civil distribuiu mais de 200 lonas. Nossas esquipes estão todas nas ruas e claro que o volume de problemas são muito grandes e vai demorar um pouco para normalizar tudo”, apontou o prefeito Marcelo Belinati (PP).
A Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Sema) calculou, até a manhã desta quinta-feira (18), a queda de aproximadamente 85 árvores, que caíram em dez veículos. O número, porém, pode ser maior. “Estamos bastante preocupados pois vemos que a quantidade de árvores que caiu com a raiz foi grande, superando situações anteriores. Temos várias secretarias imbuídas no corte e retirada de galhos para pelo menos voltar a normalidade”, destacou Gilmar Domingues, secretário do Meio Ambiente. Questionado sobre a necessidade de uma atenção maior a árvores condenadas para evitar quedas, ele informou que uma licitação prevê a erradicação de três mil plantas, sendo mil por ano.
Educação
Na educação, sete unidades escolares estão fechadas nesta quinta. São elas Escola Municipal João XIII (Vila Industrial); Escola Municipal David Dequech (Parque Ouro Verde); Escola Municipal Moacyr Camargo Martins (Conjunto Parigot de Souza I); Centro de Educação Infantil Silvana Lopes (Conjunto Vivi Xavier); Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Professora Vanderlaine Aparecida Rodrigues Ribeiro (Jardim Maria Celina); CMEI Sandra Regina Maximiano Leme (Jardim Santa Rita), e o CMEI Kalin Youssef (Conjunto Hilda Mandarino). São 2.350 alunos sem aula. Ao todo, 24 instituições foram atingidas.
A situação mais delicada é no Centro de Educação Infantil (CEI) Silvana Lopes, no Vivi Xavier, zona norte de Londrina, onde houve destelhamento e alagamento. As aulas neste local só deverão ser retomadas na segunda-feira (22). Como a creche filantrópica funciona em prédio municipal, uma empresa terceirizada está fazendo os reparos. “Serão pelo menos 30 dias de trabalho intenso (para recuperar todas as unidades) e isso atrapalha o calendário de reformas e manutenção. Vamos parar outras ações para sanar estas situações”, explicou a secretária de Educação, Maria Tereza Paschoal de Moraes.
Saúde
No total, 13 unidades de saúde tiveram impacto. O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) III, localizado no jardim Alto da Boa Vista, teve o atendimento suspenso, com transferência de seis pacientes internados para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim do Sol. A adversidade nos locais foi o acúmulo de água nas calhas, que não suportaram a quantidade, gerando infiltrações. A pasta conta com contrato com terceirizada para reparar os estragos.
Todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) estão funcionando nesta quinta, entretanto algumas com atendimento parcial. “Uma delas é a UBS do Chefe Newton (na zona norte), onde caíram árvores e postes. A unidade está sem energia, mas acolhendo com o atendimento limitado, pois não tem sistema para ver resultado de exames e fazer agendamentos”, explicou Felippe Machado, secretário de Saúde.