Produtores de soja estão segurando vendas para conseguir preços mais altos
Produtores brasileiros de soja estão segurando vendas, pois acreditam que os preços podem subir ainda mais em meio ao aperto da oferta global. Esse movimento de mercado é apontado tanto por corretores, compradores e vendedores.
Outra razão para valorizar a produção é o temor de que o fenômeno climático La Niña possa limitar a próxima safra da américa do sul. Outro fator que o mercado também faz questão de citar é o aumento das tensões políticas domésticas, que poderiam enfraquecer o real nos próximos meses e justificar vendas em um momento futuro.
Os agricultores esperam forçar exportadores e a indústria local de processamento a pagar mais pela soja. Isso, por sua vez, pode impulsionar a inflação global dos alimentos, fazendo com que os preços da soja e milho – que já atingiram máximas de oito anos em 2021 – subam ainda mais.
Nos estados do Rio Grande do Sul e Paraná, os produtores ainda têm 12,4 milhões de toneladas de soja da safra 2021 para vender, segundo estimou a consultoria Safras & Mercado no início de agosto. Isso representa cerca de metade dos quase 25 milhões de toneladas do ciclo 2021 ainda não comercializados.
Para entender melhor esse cenário e as consequências desse movimento de mercado, Paiquerê no Agro conversou com Geovano Cerati. Geovano é mestre em agronegócio pela universidade estadual do Kansas, nos Estados Unidos. Possui MBA’s nas áreas de administração, agronegócio, marketing e PMBA.
Tem 18 anos de experiência nas áreas de gestão de risco, consultoria e educação financeira, comércio exterior com venda de obras completas para armazenagem de grãos, elaboração de projetos de custeio agrícola e assistência técnica a campo para culturas de verão e inverno. Confira a entrevista: