Projeto de coleta seletiva elaborado pela CMTU passará por nova análise

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Neto Almeida
Redação Paiquerê
A reunião pública realizada na Câmara Municipal de Londrina, na última sexta-feira (29), contou com a presença de trabalhadores que atuam na coleta seletiva na cidade. O encontro foi convocado pela Comissão de Administração, Serviços Públicos e Fiscalização onde a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) apresentou o novo modelo de coleta de resíduos recicláveis que o executivo estuda implantar no município.
Como explicou o vereador Amauri Cardoso (PSDB), em linhas gerais, a proposta é que as cooperativas de trabalhadores deixem de recolher os materiais e concentrem sua atuação nas outras etapas do processo: receber, separar e comercializar os produtos.
“Tem cooperativa que tem caminhões e estão reclamando o que farão com eles agora. Então tem algumas questões que surgiram que eu acredito que devem ser repensadas com relação a proposta apresentada pela CMTU”
Atualmente o serviço é realizado por sete cooperativas, que contam com aproximadamente 360 cooperados e recebem recursos municipais para coleta e transporte de resíduos dos domicílios, manutenção de veículos e equipamentos, serviços de educação ambiental e gastos com água, luz, uniformes e aluguel, entre outros. Os coletores autônomos, que hoje atuam na informalidade, serão convidados a integrarem uma associação, para também trabalharem com a venda de materiais.
Segundo o gerente de resíduos da CMTU, Gilmar Domingues Pereira, o objetivo da mudança é diminuir custos e dar mais regularidade aos dias e horários de coleta. A proposta da CMTU foi recebida com incerteza por trabalhadores e instituições presentes no debate. De acordo com eles, o fim do repasse feito hoje pelo serviço de coleta e transporte pode inviabilizar a atuação das cooperativas.
“A CMTU já apresentou algumas mudanças, seria um valor a ser pago individualmente ao cooperado por ele estar trabalhando com um produto que ajuda o meio ambiente”
Segundo o projeto da CMTU, a terceirizada terá um mapa das cooperativas e associações, para realizar a entrega do material coletado. Visando excluir privilégios, a intenção é que haja um rodizio na distribuição.