Vereador diz que não denunciou oferta de propina por estar com “mil coisas para resolver”
Neto Almeida
Redação Paiquerê
O delegado do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Alan Flore, abriu um inquérito policial para investigar uma fala do vereador João Martins (PSL) em depoimento prestado ao próprio delegado, no dia 18 de junho. À época, o vereador teria dito que recebeu uma oferta de propina no valor de R$ 15 mil para votar contra a cassação de Emerson Petriv (Pros).
Este depoimento de Martins foi prestado no âmbito da operação ZR3, quando um dos investigados, o vereador afastado Rony Alves (PTB), teria pedido para que a assessora de João Martins, Vera Rubbo, “aliviasse” o relatório final da Comissão Processante (CP). João Martins, que era o relator da CP, comentou involuntariamente sobre o oferecimento do dinheiro. Ouça o trecho do depoimento:
O delegado do Gaeco comentou qual a classificação do vereador neste inquérito policial.
Ainda segundo o delegado, não é possível caraterizar prevaricação.
Após o depoimento, que durou aproximadamente 40 minutos, o vereador disse que não conhecia a pessoa que ofereceu dinheiro para que ele votasse contra a cassação de Petriv e que está sozinho no gabinete quando foi procurado.
João Martins respondeu ainda a razão por não denunciar esta oferta indevida de propina na oportunidade. Segundo ele, a pessoa foi embora logo após ser repreendida pelo parlamentar e como, de acordo com Martins, estava com “mil coisas para resolver”, não denunciou.
O vereador disse que lembrar apenas que se tratava de uma pessoa de aproximadamente 50 anos e alta.