


Tribunal de Contas apura repasses da Prefeitura de Londrina à CTD
8 de julho de 2025


Regional de Londrina recebe 8,5 mil testes rápidos para reforçar diagnóstico de síndromes respiratórias
8 de julho de 2025Redação Paiquerê
Apesar da conclusão das obras de modernização e ampliação do Aeroporto de Londrina, os impactos no entorno do terminal têm gerado críticas por parte de moradores e mobilizado representantes do poder público e de entidades da sociedade civil. A situação motivou uma reunião realizada na última sexta-feira (4) entre a Prefeitura de Londrina, o CEAL (Clube de Engenharia e Arquitetura de Londrina), o CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) e o Sinduscon, com a empresa Motiva, responsável pela administração do aeroporto desde 2022.
A Motiva, que faz parte do Grupo CCR, concluiu em janeiro deste ano um pacote de obras orçado em R$ 201 milhões. No entanto, o entorno do terminal passou a apresentar uma série de problemas ambientais e estruturais, como erosões, drenagem inadequada e ausência de calçadas. As principais queixas vêm de moradores de bairros vizinhos, como Albatroz, Vale Verde, San Fernando, Califórnia e Novo Aeroporto.
Após a reunião, representantes da Prefeitura e das entidades técnicas fizeram uma vistoria na área próxima ao terminal. Entre os problemas observados estão ruas sem calçamento, falhas no escoamento de águas pluviais, transbordamentos, acúmulo de entulho e deslizamento de taludes. Um dos pontos mais críticos identificados é uma erosão em um fundo de vale na nascente do Ribeirão Limoeiro, próximo à rua São Sisto I.
Segundo a Secretaria Municipal de Obras e Pavimentação, as reclamações dos moradores são recorrentes. Em períodos de chuva, há registros de alagamentos atingindo residências. Já em dias secos, a poeira gerada pelas vias de terra se espalha pelas casas. A pasta afirma que todos os problemas levantados serão reunidos em um relatório a ser encaminhado à administradora do aeroporto.
Durante a reunião, também foram discutidos o funcionamento do terminal e o esforço para instalar o sistema ILS (Instrument Landing System) até o fim de 2025, medida que pode ampliar a operação e a segurança de voos em Londrina.
Para Naziel Salustiano, conselheiro do CREA e integrante da diretoria do CEAL, é fundamental que o poder público e entidades acompanhem de perto as ações da concessionária. Ele afirma que, apesar das melhorias no aeroporto, ainda há pendências estruturais antigas, como falhas em calçadas e drenagem, que continuam afetando a população.
A presidente do Sinduscon Paraná Norte, Célia Catussi, ressaltou que a presença de diferentes setores da sociedade nas discussões é essencial para resolver problemas que impactam a cidade. Segundo ela, o acompanhamento das intervenções no entorno do aeroporto fortalece a relação entre a gestão pública, a concessionária e os moradores.
Outros pontos debatidos durante a reunião incluíram a necessidade de ampliar a capacidade do emissário existente, avaliar a implantação de estruturas como bacias de infiltração e caixas de retardo, além de identificar novas áreas de erosão no córrego Limoeiro, agravadas pela impermeabilização do solo com a expansão do aeroporto.