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O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde (Sesa), monitora e atua no cuidado e prevenção à obesidade infantil, doença que se torna realidade de muitas crianças no mundo e no Paraná. Segundo a Organização Mundial da Saúde, este é considerado um dos principais desafios para o século XXI.
A obesidade é resultado de uma série complexa de fatores genéticos, individuais, comportamentais e, principalmente, ambientais, que atuam em múltiplos contextos: familiar, comunitário, escolar, social e políticos. Estão associados à condição de obesidade a ausência ou curta duração do aleitamento materno, o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados, a inatividade física e o aumento do comportamento sedentário, e o sono inadequado.
De janeiro a julho deste ano, 640.823 crianças tiveram o estado nutricional avaliado nas Unidades Básicas de Saúde dos municípios do Paraná. Dentre as crianças de até 5 anos, o excesso de peso foi identificado em 14,2% e a obesidade em 5,6%. Já nas crianças de 5 a 10 anos, o percentual de excesso de peso foi de 35% e o de obesidade, 17,4%.
Em anos anteriores, 2023 e 2024, a avaliação nutricional realizada em crianças de até 5 anos identificou, em média, excesso de peso em 13,8% e obesidade em 6%. Na faixa etária de 5 a 10 anos, o percentual de excesso de peso foi de 33,1% e de obesidade de 16,5%.
A Atenção Primária à Saúde (APS) é a porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS) e tem um papel fundamental para as ações de cuidado, promoção da saúde e prevenção da obesidade infantil. As ações devem começar com a realização da avaliação contínua e sistemática do perfil nutricional das crianças até a garantia da atenção integral àquelas identificadas com sobrepeso e obesidade.
“O Governo do Estado assume esse compromisso, acompanhando os indicadores, incentivando a alimentação saudável com ações ampliadas de prevenção e criando oportunidades para que as crianças tenham mais qualidade de vida e um futuro com mais saúde”, afirma o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.
A prevenção e o cuidado da obesidade devem ser organizados desde a gestação até o fim da vida, com a promoção da alimentação adequada e saudável, de práticas corporais e atividade física, bem como orientação sobre hábitos de vida saudáveis.
CONSEQUÊNCIAS À SAÚDE
A obesidade infantil está relacionada a um risco maior de morte precoce, continuidade da obesidade ao longo da vida e de incapacidades quando adulto. Na infância e adolescência pode causar sérios prejuízos, como dificuldades respiratórias, maior risco de fraturas, hipertensão arterial, sinais precoces de doenças cardiovasculares, resistência à insulina, além de alguns tipos de câncer. Também afeta a saúde mental, contribuindo para baixa autoestima, isolamento social e transtornos alimentares.
“Devemos priorizar para as crianças uma alimentação saudável sempre aliando com brincadeiras ativas. Dieta restritiva prejudica o crescimento e o desenvolvimento da criança. Além de aumentar a fome, reduz o metabolismo e pode fazer com que a criança perca a noção de fome e saciedade”, alerta a nutricionista da Divisão de Promoção da Alimentação Saudável e Atividade Física da Secretaria, Cristina Klobukoski.
Cristina ainda ressalta o papel dos familiares no cuidado da criança com obesidade. “São peças-chave para moldar padrões comportamentais relacionados à obesidade, como hábitos alimentares, atividade física e comportamento sedentário e de sono, por meio de seus próprios comportamentos, além de propiciar um ambiente domiciliar com alimentos saudáveis”.
Confira dicas da Saúde para prevenir a obesidade infantil:
– Evite deixar alimentos ultraprocessados ao alcance das crianças, como salgadinhos, bolachas recheadas, fast-food e bebidas açucaradas.
– Ofereça frutas, verduras, legumes, cereais integrais e água como opções de rotina.
– Limite o uso de televisão, celular, videogames e computadores.
– Prefira atividades que envolvam movimento e interação social.
– Apoie a participação em esportes, aulas de dança, natação ou outras atividades extracurriculares.
– Promova brincadeiras ao ar livre, como andar de bicicleta, correr, pular corda ou jogar bola.
– Crianças aprendem pelo exemplo. Quando a família adota hábitos saudáveis, elas tendem a seguir o mesmo caminho.
– Compartilhar refeições em família fortalece vínculos e incentiva melhores escolhas alimentares.
Com AEN