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Redação Paiquerê
O Londrina Esporte Clube se pronunciou oficialmente na segunda-feira (15) após os episódios de violência registrados na noite de domingo (14), logo após o empate em 0 a 0 com o Floresta-CE, pela Série C do Campeonato Brasileiro. A confusão aconteceu nas imediações do Estádio Vitorino Gonçalves Dias (VGD) e envolveu torcedores, membros da comissão técnica e a Polícia Militar.
A confusão teve início quando um grupo de seis torcedores, supostamente ligados à torcida organizada Falange Azul, tentou invadir a área dos vestiários. O volante Alison foi agredido e, na tentativa de conter os ânimos, o preparador físico Guilherme Strass acabou sendo atingido por balas de borracha disparadas pela PM. O analista de desempenho Breno Barbosa também foi ferido, assim como um jogador do elenco. A tentativa de invasão ocorreu cerca de 30 minutos após o fim da partida.
Por meio de nota, o Londrina lamentou os fatos e destacou que “seis não representam os mais de seis mil torcedores presentes”, classificando o episódio como isolado. O clube afirmou já ter identificado parte dos envolvidos e prometeu atuar junto às autoridades para que medidas legais sejam tomadas. A nota também criticou a ação da Polícia Militar, que teria agido de forma “equivocada e desproporcional”.
A Polícia Militar, por sua vez, justificou a intervenção. De acordo com o comandante do 5º Batalhão, coronel Ricardo Eguedis, a operação seguiu os protocolos e teve como objetivo dispersar os agressores antes que a situação tomasse proporções maiores. A PM não descarta a adoção de medidas como jogos com portões fechados ou até a interdição do VGD. Segundo o coronel, em entrevista à Paiquerê 91,7, esse tipo de ocorrência não é isolado e reforça a necessidade de promover uma cultura de paz nas arquibancadas.
A Falange Azul também divulgou nota repudiando os atos de violência e, em especial, a agressão ao volante Alison. A torcida afirmou que está apurando internamente a conduta dos envolvidos e prometeu aplicar punições conforme seu estatuto.
A delegada da CBF, Paula Cristina Negrão, registrou o incidente em relatório oficial enviado à entidade. O documento relata a tentativa de invasão e o uso de balas de borracha pela PM. O caso poderá gerar sanções administrativas e esportivas.
Apesar dos rumores sobre uma possível saída de Alison, o atleta deve permanecer no clube até o fim da temporada. Titular absoluto, o volante é visto como peça fundamental na campanha pela volta à Série B.
O Londrina volta a campo no próximo sábado (20), às 19h30, novamente no VGD, diante do Caxias-RS. Todas as partidas do Grupo B até aqui terminaram empatadas, e o LEC lidera momentaneamente pelo critério de gols marcados.
