Casos confirmados de dengue caem 88% em Londrina

Redação Paiquerê 

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Londrina divulgou, na quinta-feira (30), novo boletim epidemiológico sobre a dengue. O mapa que apresenta a incidência de casos notificados por área de abrangência das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) aponta que, nas últimas semanas, o município manteve o cenário de estabilidade epidemiológica, sem indícios de aumento da transmissão viral. Além disso, os dados apontam que em 2025 Londrina apresenta 63% menos notificações, 88% menos casos confirmados e 83% menos óbitos do que no mesmo período de 2024.

De acordo com o boletim, do início do ano até o momento, foram registradas 25.129 notificações relacionadas à doença, das quais 4.899 foram confirmadas e 19.406 descartadas. Outros 824 casos seguem em análise e a cidade não registrou novos óbitos, totalizando nove neste ano. Com relação à chikungunya, o relatório aponta 16 notificações, das quais três foram confirmadas (casos importados, de fora), nove descartadas e quatro em análise.

O gerente de Vigilância Ambiental da SMS, Nino Ribas, explicou que indicadores mostram pequenas variações no número de notificações e confirmações relacionadas à dengue, condizentes com o período intersazonal, quando há maior sensibilidade das equipes de vigilância e ampliação das notificações de síndrome febril. “A proporção de casos confirmados em relação aos notificados permanece estável, o que demonstra controle da transmissão local e efetividade das ações de vigilância e manejo clínico. O número de óbitos permanece em nove registros”, destacou.

Mesmo diante de um cenário de estabilidade, o município vem potencializando diversas ações integradas voltadas à prevenção e ao controle das arboviroses, entre elas: intensificação do monitoramento por ovitrampas, permitindo o acompanhamento contínuo da densidade vetorial e a definição de áreas prioritárias para intervenção; manutenção das ações de bloqueio e eliminação de criadouros em áreas com notificações recentes; ampliação do uso de tecnologias de georreferenciamento e painéis digitais para análise territorial dos focos e dos casos prováveis.

A prefeitura também tem promovido a integração entre vigilância ambiental e atenção primária, com visitas articuladas entre agentes de endemias e equipes de saúde da família; ações educativas e mobilização comunitária, com foco em orientar a população sobre o manejo adequado de resíduos e a importância de permitir o acesso dos agentes às residências; além de parceria com órgãos intersetoriais, como CMTU e Secretaria do Idoso, para limpeza de imóveis com acúmulo de materiais e apoio em situações de vulnerabilidade social.

Para o gerente de Vigilância Ambiental, essas estratégias têm permitido manter baixos índices de infestação predial e responder de forma rápida e coordenada a cada novo foco detectado, garantindo que Londrina entre no próximo período sazonal com estrutura técnica fortalecida e risco controlado. “Com a aproximação do período chuvoso e o aumento das temperaturas, é fundamental preservar a regularidade das ações de campo e reforçar a participação da comunidade, fator essencial para evitar o aumento de criadouros e preservar o cenário favorável que o município apresenta neste momento”, salientou Ribas.

Com Ncom