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7 de julho de 2025Redação Paiquerê
Uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira (7) mostra que a maioria dos pais de alunos das escolas estaduais participantes do programa Parceiro da Escola aprova a iniciativa. Segundo o levantamento realizado pela Radar Inteligência, 86,5% dos entrevistados consideram positiva a experiência no primeiro semestre de implantação do modelo.
O estudo ouviu 2.002 pais de estudantes de 82 escolas estaduais participantes do programa em 15 Núcleos Regionais de Educação. A pesquisa foi realizada ao longo do mês de junho para avaliar os efeitos da mudança na gestão escolar. Entre os pais que participaram do levantamento, 84,2% disseram que recomendariam o programa a outros responsáveis e 92,2% afirmaram perceber que a escola tem cuidado com os filhos.
A aprovação é maior entre mães (87,1%). Em termos regionais, os índices mais altos foram registrados nas regionais de Ponta Grossa (94,9%), Toledo (93,5%), Londrina (93,1%), Área Metropolitana Sul de Curitiba (90,3%), Assis Chateaubriand (90,0%) e Maringá (89,0%). Em relação à recomendação do modelo, Ponta Grossa e Assis Chateaubriand também lideram com 94,9% e 93,4%, respectivamente.
O programa Parceiro da Escola transfere parte da gestão administrativa e de infraestrutura das escolas para instituições especializadas, mantendo a direção sob responsabilidade de profissionais concursados. As parcerias são realizadas com empresas como Apogeu, Tom Educação e Impulso. Com isso, os gestores pedagógicos passam a focar no acompanhamento do aprendizado dos alunos.
Segundo dados da Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR), desde o início de 2025 o programa tem promovido melhorias tanto na área pedagógica quanto na administrativa. Um dos principais avanços foi a redução de aulas vagas, que praticamente zeraram nas unidades participantes. As escolas também receberam novos equipamentos, reformas estruturais e maior apoio na organização do ambiente escolar.
A entrega gratuita de uniformes e materiais escolares também foi bem avaliada. A pesquisa aponta que 97,9% dos pais consideram importante a distribuição de uniformes pelas empresas parceiras e 91,4% classificam como boa ou ótima a qualidade dos kits escolares. O estudo ainda mostra que 81,4% dos pais têm conhecimento de que a escola do filho faz parte do programa. Em Londrina, esse índice é de 94,4%.
Entre as mudanças mais citadas como positivas estão o fim das aulas vagas, a realização de reparos estruturais, melhoria na alimentação e no ensino. No campo pedagógico, 67% das escolas ampliaram o número de observações em sala de aula e 45% dos diretores passaram a participar mais ativamente de programas de formação continuada. A limpeza também foi bem avaliada por 95% das direções escolares, enquanto 92% consideram adequados os produtos fornecidos pelas parceiras. A alimentação escolar tem 99% de aprovação entre os diretores.
A coordenação do programa está vinculada à Unidade Técnica de Convênios e Parcerias e conta com uma estrutura dividida entre áreas de gestão, fiscalização, governança e comunicação. Uma equipe de 14 articuladores regionais atua nos Núcleos Regionais de Educação para garantir suporte técnico e alinhamento com as realidades locais.
Além dos indicadores gerais, o programa também tem gerado impacto direto em ações de inclusão. Um exemplo é o Colégio Estadual Maria Montessori, de Curitiba, que inaugurou uma sala de acomodação sensorial voltada ao atendimento de estudantes com Transtorno do Espectro Autista e outras condições de neurodesenvolvimento. A criação do espaço foi idealizada por um professor da instituição e viabilizada com apoio da empresa parceira. A sala oferece estímulos sensoriais diversos e tem gerado impacto positivo no processo de aprendizagem dos alunos atendidos.
Atualmente, o programa está presente em 82 escolas estaduais, distribuídas por 34 municípios do Paraná. A iniciativa é resultado de um projeto-piloto iniciado em 2024 em Curitiba e São José dos Pinhais e formalizada por meio de lei estadual.