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A Prefeitura de Londrina intensificou as fiscalizações em busca de despejos irregulares no Igapó II e no Lago Norte. As ações, coordenadas pela Secretaria Municipal do Ambiente (Sema) em parceria com o Instituto Água e Terra (IAT), envolvem a coleta de amostras dos lançamentos nos lagos, para análise laboratorial. O intuito é identificar se o conteúdo desses lançamentos é irregular, causando poluição e desequilíbrio de todo o ecossistema.
Além das análises laboratoriais, a Sema também reforçou a fiscalização de estabelecimentos comerciais e imóveis residenciais com potencial para lançar resíduos e rejeitos nesses corpos hídricos. A ação, que inclui a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), inclui a checagem das ligações de esgoto e dos poços de visita das redes de galeria pluvial, no interior e nas margens dos lagos.
Na última semana, as equipes da Sema identificaram o despejo indevido de esgoto oriundo de dois condomínios, um no Lago Igapó e outro no Lago Norte. Ambos foram notificados para que corrigissem de imediato a irregularidade.
De acordo com o secretário municipal do Ambiente, Gilmar Domingues Pereira, esse conjunto de ações integra o monitoramento que a Sema pretende implantar, com o objetivo de melhorar a saúde do complexo hídrico da cidade, composto por córregos, rios e lagos.
Pereira acrescentou que a Sema está elaborando termo de referência para contratar um hidrotractor, máquina utilizada para retirar detritos e plantas aquáticas, como as alfaces-d’água, que nas últimas semanas se proliferaram no Igapó. “Também temos termos de referência em aberto para a aquisição de uma sonda, semelhante à utilizada pela Sanepar, que permitirá vistoriar o interior das redes coletoras de águas pluviais, além de outros equipamentos que realizam medições e determinam parâmetros de qualidade da água, como oxigênio dissolvido e pH. Esses dados são fundamentais para garantir a balneabilidade das águas, possibilitando o uso para práticas esportivas e de lazer. Nosso objetivo é que os lagos sejam, de fato, áreas de contemplação e convívio saudável, e não locais com mau cheiro, como observamos em alguns pontos nos últimos dias. É perceptível que já há uma melhora”, avaliou.
O secretário do Ambiente reforçou que as atividades de fiscalização não terão como enfoque somente o lançamento de esgoto doméstico. “Faremos o mapeamento das empresas localizadas nas bacias de contribuição dos lagos. E não apenas no Lago Igapó; todas as bacias serão verificadas para identificar empresas que possam gerar efluentes, como lava-rápidos e postos de combustíveis, ou outras que produzam resíduos líquidos em seus processos. A determinação do prefeito Tiago Amaral é de que devemos coibir todo e qualquer tipo de abuso ambiental. A palavra de ordem é repensar Londrina, inclusive a zeladoria das áreas públicas, para alcançarmos uma melhor qualidade de vida”, frisou.
Limpeza
Em relação às alfaces-d’água, que estão sendo removidas manualmente com apoio da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), começou hoje (20) a nova etapa de testes para uso de uma escavadeira hidráulica.
O equipamento, cedido pela Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento (SMAA), foi adaptado e utilizado no Córrego do Leme, paralelo à Rua Professor Julio Estrela Moreira. Em pouco tempo, foi possível encher um caminhão de resíduos. “O trabalho está sendo intensificado, e esse maquinário tem contribuído significativamente para amenizar a situação. Nossos objetivos estão sendo alcançados, devolvendo o visual bonito do Lago Igapó. Em um segundo momento, também intensificaremos as limpezas nos lagos Norte e Cabrinha”, adiantou Pereira.
O secretário municipal do Ambiente citou ainda que toda a comunidade londrinense deve e precisa contribuir para o cuidado dos lagos e demais espaços públicos da cidade. “A responsabilidade é compartilhada. Recebemos muitas críticas sobre as alfaces-d’água e o aspecto do lago, mas, enquanto a comunidade continuar descartando lixo, o problema persistirá. As alfaces-d’água, em si, não são o maior vilão; em certa quantidade, elas são até benéficas, pois filtram o excesso de nutrientes como fósforo, nitrogênio e matéria orgânica. O que realmente preocupa é a grande quantidade de lixo que chega por poluição difusa, carregada pela chuva. A Prefeitura está limpando, mas até quando o cidadão londrinense vai continuar sujando? Fica essa reflexão”, completou.
Com Ncom