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Pacientes de Londrina que aguardavam há anos por cirurgias de pequena e média complexidade começaram a ser atendidos graças ao programa Opera Paraná, parceria entre a Prefeitura e o Governo do Estado. A iniciativa tem ampliado o número de procedimentos realizados em hospitais da região, reduzindo a fila represada desde 2011.
Nos meses de maio e junho, 3.225 consultas médicas com especialistas foram realizadas por meio do programa. As consultas incluem avaliação clínica e exames pré-operatórios, realizados diretamente nas unidades hospitalares onde as cirurgias são agendadas. Participam da ação hospitais de Londrina e de cidades vizinhas como Ibiporã, Cambé e Rolândia, além das unidades Zona Norte e Zona Sul, na própria cidade.
Em um dos casos, a dona de casa Elisandra do Nascimento Dias, moradora da zona norte de Londrina, aguardava há dois anos por uma laqueadura. Após passar por consulta e exames no hospital de referência, foi informada de que sua cirurgia seria realizada neste sábado (28), com alta prevista já para o dia seguinte.
Situação semelhante vive Jenifer Duarte Ramos, de 24 anos e mãe de três filhos. Ela também passou pela avaliação e aguarda a confirmação da data do procedimento. “Fui até a consulta de carona porque não dá para perder essa oportunidade. Quando for para operar, vou dar um jeito também. É a única forma de conseguir”, contou.
Somente o Hospital São Rafael, em Rolândia, atendeu 480 pacientes de Londrina em junho. “Já realizamos mais de 100 cirurgias de pacientes da cidade. As pessoas são avisadas com antecedência, mas infelizmente muitos não comparecem, achando que é trote”, explicou o diretor da unidade, Paulo Boçois.
O programa tem foco em especialidades como cirurgia geral, ginecologia, ortopedia e urologia, mas também contempla procedimentos em áreas como mastologia, cirurgia pediátrica e vascular. Os pacientes são convocados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) ou diretamente pelos hospitais, com base na fila de espera.
Um levantamento da SMS aponta que, somente em maio, foram realizadas 1.281 consultas pelo programa. Em junho, o número subiu para 1.944. A expectativa da pasta é que a oferta aumente nos próximos meses, com a adesão de novos prestadores e realização de mutirões.
A secretária municipal de Saúde, Vivian Feijó, afirma que a descentralização dos atendimentos tem ajudado a evitar agravamentos de quadros clínicos. “Estamos agilizando os procedimentos que estavam represados. Isso melhora a qualidade de vida dos pacientes e otimiza o funcionamento do SUS em Londrina.”
Além do Opera Paraná, cirurgias de alta complexidade continuam sendo realizadas em quatro grandes hospitais da cidade, Hospital Universitário, Hospital do Câncer, Santa Casa e Evangélico, por meio de recursos federais e emendas parlamentares.
Para facilitar o acesso de pacientes a hospitais em outras cidades, a SMS estuda criar um serviço de transporte com pontos de embarque distribuídos por Londrina. A proposta está em fase de levantamento de custos e análise de viabilidade com empresas do setor.
Com Ncom